Algumas vezes você só quer enviar amor, sabe?
Para todo mundo mesmo, qualquer um.
Para quem você ama e odeia, para os detestáveis,
os miseráveis de alma, para os adoráveis, para os bonitos de alegria, para os
sortudos, para quem sofre, para quem causa sofrimento e para quem está aí para
tentar interrompê-lo.
É só aqueles momentos em que você se enche de
esperança, de amor, e quer que outros tenham também, então você envia. Através
de fé, de pedidos velados e de coração em oração. E você decide que vai se
prontificar, que vai abraçar a causa e sair gritando o amor para todos e todas,
a começar por tentar ligar para aqueles que você possui o número no seu celular
na tentativa de comunicar, e, então, você percebe que não se trata dos outros
ou de tentar fazer com que participem disso.
Trata-se de você enviando um bom montante de
bons pensamentos, esperança e amor.
E foda-se se por ventura desligarem na sua cara
ou ignorarem sua chamada, é você cheio de coisa boa tentando multiplicar, como
poderia ser ruim?
A vida é cruel mas a esperança faz a gente criar
uma outra maneira de ser possível ficar feliz, e não me digam que não porque
senão ninguém seguiria em frente após notas ruins, dinheiro perdido, fim de
relacionamento, demissão, traição, pote de sorvete com feijão dentro, ônibus
perdido, despedidas, morte.
Apesar de tudo, sempre vai ter uma nota
surpreendente, uma nota de dois reais naquele casaco que você não usa há um bom
tempo, alguém sendo gentil, uma oferta de emprego com possibilidades, alguém
para confiar, um pote de sorvete napolitano num fim de tarde no domingo, um
ônibus chegando exatamente ao mesmo tempo que você no ponto, saudações e
nascimentos.
Vai haver momentos ruins, torturantes,
nauseantes e que às vezes dão cabo a muitas vidas. Mas se dá para ter os bons
momentos, motivadores e de esperança - e dá - que tenhamos, independente da
quantidade, e que sejamos felizes, eternamente enquanto durar.
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