quinta-feira, 30 de maio de 2013

Ao menino que fez meu coração palpitar



Eu aguardei tanto por esse momento, desejei ardentemente pelo dia em que sentiria borboletas no estômago causadas por alguém, aquele friozinho na barriga gostoso que tantos falam. Busquei muito senti-lo, mesmo sem saber o que caçava, era isto que eu tanto desejava.

Inúmeras bocas experimentei, incessantemente procurei-te em outros corpos, outras pessoas. Mãos descobriram meu corpo e não eram as tuas, respirações ao pé de meu ouvido que não me deixavam nas alturas como você, meu corpo pedia o calor do teu desde o início. Cheiros alheios ficaram impregnados, de vodka e gente, aquela sujeira em minh'alma fora limpa para teu doce perfume ocupar o espaço. E ainda está aqui. Fragrância instigante tão misteriosa quanto quem a porta. Não é de homem, lembra menino que não sabe a pureza da própria confusão. Não sabe, não vê, não imagina. Um dia se encontra.

Eu espero com toda repugnância do meu ser errante encontrar-te numa floresta mesmo que nesta feita de pedras e concreto, com clima propício à morte, selar o amor suburbano que nos aguarda.


Era você.
Tinha de ser você.
Não podia ser outra pessoa.

Um comentário:

Irene Chemin disse...

Lindo, Camilinha.
Vai ficar tudo bem.