Eu aguardei tanto por esse momento, desejei ardentemente pelo dia em que sentiria borboletas no estômago causadas por alguém, aquele friozinho na barriga gostoso que tantos falam. Busquei muito senti-lo, mesmo sem saber o que caçava, era isto que eu tanto desejava.
Inúmeras bocas experimentei, incessantemente procurei-te em outros corpos, outras pessoas. Mãos descobriram meu corpo e não eram as tuas, respirações ao pé de meu ouvido que não me deixavam nas alturas como você, meu corpo pedia o calor do teu desde o início. Cheiros alheios ficaram impregnados, de vodka e gente, aquela sujeira em minh'alma fora limpa para teu doce perfume ocupar o espaço. E ainda está aqui. Fragrância instigante tão misteriosa quanto quem a porta. Não é de homem, lembra menino que não sabe a pureza da própria confusão. Não sabe, não vê, não imagina. Um dia se encontra.
Eu espero com toda repugnância do meu ser errante encontrar-te numa floresta mesmo que nesta feita de pedras e concreto, com clima propício à morte, selar o amor suburbano que nos aguarda.
Era você.
Tinha de ser você.
Não podia ser outra pessoa.
Um comentário:
Lindo, Camilinha.
Vai ficar tudo bem.
Postar um comentário